sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Perdão, Leônidas.

Na semana que completaria 100 anos de vida, Leônidas da Silva, possivelmente o maior jogador da nossa história, foi homenageado pelo São Paulo com a equipe usando no jogo contra o Criciúma um uniforme retrô baseado nos tempos em que o Diamante Negro defendia nossas cores. A homenagem era mais do que justa e merecida, Leônidas foi o principal responsável pela moeda ter caído em pé, mudando a história do São Paulo e colocando-o como um dos grandes do futebol com a conquista de 5 títulos estaduais na década de 40.
Da celebração da memória de um ídolo centenário à fuga das últimas posições na tabela. Uma vitória ontem no Morumbi na véspera do aniversário de Leônidas e contra um adversário direto na luta contra o rebaixamento, além de obrigatória teria um significado todo especial. Infelizmente poucos jogadores ali eram dignos de vestir a camisa que um dia Leônidas tanto honrou, e capazes de dimensionar a situação desesperadora que nos encontramos, portanto é sintomático o fato da vitória não ter vindo.
Tudo o que conseguimos no começo da semana quando derrotamos o Náutico foi por água abaixo. Os três pontos que buscamos fora de casa e que nos colocou bem próximos da saída do inferno, de imediato foram perdidos no Morumbi, deixando nossa situação bem complicada novamente. Agora somos obrigados a recuperar esses pontos perdidos na próxima rodada, contudo é improvável que isso aconteça, visto que teremos pela frente um adversário bem mais qualificado do que aquelas que flertam com a segunda divisão.
Não há outra maneira de interpretar e descrever essa derrota em casa para o Criciúma pelo placar de 2x1 a não ser como traumática, daquelas que podem facilmente fazer o São Paulo perder completamente o rumo mais uma vez, talvez não reencontrando-o mais nesse campeonato. O golpe foi duro, as consequências e as sequelas da prática de um futebolzinho de dar medo e de um novo pênalti desperdiçado talvez não sejam tratadas a tempo.
Vendo da arquibancada o camisa 9 se escondendo do jogo, o camisa 13 conseguindo errar cobrança de lateral, o camisa 5 perdido dentro de campo, o camisa 2 só reclamando e fazendo merda e o resto do time pouco produzindo, a imagem do Leônidas não saia da minha cabeça. Eu só conseguia pensar em uma maneira de pedir perdão para ele (e para sua viúva, Dona Albertina, que o representou nas homenagens) por tamanha vergonha num dia tão especial, e por tudo o que aqueles incapazes estavam fazendo com um time que Leônidas transformou a sua semelhança, num gigante do futebol.

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