segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Um mero figurante

Teremos daqui até o fim do Campeonato Brasileiro mais vinte e duas rodadas. Times que se organizaram e se prepararam de maneira adequada para a disputa deste que é um campeonato longo e difícil, contratando reforços de maneira equilibrada, tendo hoje um elenco entrosado e que funciona taticamente certamente vão lutar pelo título. O São Paulo que hoje é uma bagunça generalizada, com seu planejamento falho e equivocado e com um elenco bastante questionável, apenas cumprirá tabela nestas infindáveis vinte e duas rodadas.
Ontem após outra partida em que não nos apresentamos bem e que todas as nossas deficiências novamente foram explicitamente expostas, ficou claro que esse time do São Paulo não tem fôlego nem bola suficiente para tirar uma diferença que já é superior a dez pontos (treze para ser mais exato) para o líder da competição. A derrota de virada para o Grêmio no Morumbi pelo placar de 2x1, mediante mais um gol de cabeça e outro de um dos piores atacantes da face da terra já nos acréscimos, ratificou de vez nossa condição de figurante.
Até mesmo uma vaga para a Libertadores é difícil. Embora a diferença de pontos para o quarto colocado seja de “apenas” seis pontos, o São Paulo rodada após rodada vem despencando e ao menos para mim nenhuma perspectiva de mudança é possível de ser enxergada. Quem está fora por contusão dificilmente vai conseguir mudar esse panorama desfavorável, uma vez que nossos problemas transcendem as quatro linhas e são um reflexo da má administração de nossos ultrapassados dirigentes.
É triste pra caralho escrever um texto dessa natureza sendo que o campeonato sequer chegou na sua metade, contudo não consigo produzir nada sob um outro viés, até queria mas infelizmente isso não é  possível. Daqui até dezembro o enredo será basicamente o mesmo, o desenrolar dos acontecimentos seguirá praticamente a mesma lógica do momento: pouca alegria, felicidade e êxtase e muita dor, sofrimento e desilusão.
Não que eu queira justificar todas as merdas que estes putos estão fazendo dentro e fora de campo, mas devemos nos lembrar que futebol é assim mesmo. Ele não existe sem decepção e sofrimento, torcer para um time implica em não abandonar o clube que amamos e o estádio nos momentos mais difíceis. Conseguir conviver com as adversidades e torcer, mesmo quando nós não mais acreditamos e temos sérias dúvidas quanto ao sucesso no final da temporada, por mais incoerente que possa parecer é o melhor que temos a fazer. É isso o que eu já fiz trinta e sete vezes esse ano e continuarei fazendo.

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