terça-feira, 1 de outubro de 2013

Um duro golpe

Domingo quando acordei, a primeira coisa que fiz foi procurar os resultados das partidas disputadas no sábado. Alguns times que estavam atrás de nós e outros que estavam poucos pontos a nossa frente tinham jogado, portanto era necessário saber se eles tinham ou não subido de posição na tabela. O domingo começou da pior maneira possível, descobri que Fluminense, Ponte Preta e até o Náutico tinham vencido seus compromissos, com isso não tínhamos outra alternativa, era vencer ou vencer o Grêmio.
A verdade é que independente dos resultados dos jogos dos outros times vencer o Grêmio já era uma necessidade, porém como os concorrentes diretos na luta contra o rebaixamento venceram, a margem para o erro que atualmente é mínima estreitou-se ainda mais. Não dava para pensar em sair do Morumbi sem uma vitória e os três pontos, do contrário passaríamos o resto do domingo fazendo contas e mais contas e projetando nossa deprimente situação dentro da tabela.
Por pior que fosse o nosso momento, algo me convencia de que era totalmente possível vencer o Grêmio. Não sei se era otimismo demais da minha parte, se era eu que novamente tentava me enganar ou se foram aqueles jogos dos gaúchos que eu havia visto e chegado a conclusão de que eles não eram lá grande coisa- pouco importava a verdadeira causa, o fato é que eu me sentia bem e conseguia vislumbrar uma vitória do tricolor paulista e todos nós saindo felizes do Morumbi.
Apoiado por quarenta e duas mil vozes, entramos em campo focado na vitória, partimos para o ataque e com poucos minutos de bola rolando já tínhamos criado chances concretas de gol. Conforme o tempo ia passando o jogo se desenhava com o São Paulo atacando e o Grêmio se defendendo, a bola insistia em não balançar as redes da meta adversária, mas durante todo o primeiro tempo a impressão que ficou era a de que a qualquer momento tiraríamos o zero do placar.
Dominávamos o jogo, porém no decorrer da segunda etapa aos poucos nossa intensidade foi diminuindo, chegando ao ponto de não conseguirmos mais agredir o Grêmio. A objetividade e a voracidade são paulina deram lugar a um irritante toque de bola vagaroso e displicente, que acabou nos custando a vitória. Quando no único e solitário ataque que o Grêmio deu durante toda a partida eles garantiram sua vitória, eu pude perceber que determinadas convicções não servem para porra nenhuma.
Sei que o filho da puta do Heber Roberto Lopes apitou a partida de maneira tendenciosa, interferindo no andamento da mesma ao não marcar um pênalti claro a nosso favor e ao não expulsar o bastardo gremista. Entretanto, os principais responsáveis pelo golpe mais duro de ser assimilado e que foi realmente decisivo em outra derrota do São Paulo em casa foi protagonizado pelos jogadores que vestiam vermelho, branco e preto. Sim, aqueles mesmos que insistiam em dar toques inúteis de efeito na bola e finalizavam as jogadas grosseiramente.

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