Domingo quando
acordei, a primeira coisa que fiz foi procurar os resultados das partidas
disputadas no sábado. Alguns times que estavam atrás de nós e outros que
estavam poucos pontos a nossa frente tinham jogado, portanto era necessário
saber se eles tinham ou não subido de posição na tabela. O domingo começou da
pior maneira possível, descobri que Fluminense, Ponte Preta e até o Náutico
tinham vencido seus compromissos, com isso não tínhamos outra alternativa, era
vencer ou vencer o Grêmio.
A verdade é que
independente dos resultados dos jogos dos outros times vencer o Grêmio já era
uma necessidade, porém como os concorrentes diretos na luta contra o
rebaixamento venceram, a margem para o erro que atualmente é mínima
estreitou-se ainda mais. Não dava para pensar em sair do Morumbi sem uma
vitória e os três pontos, do contrário passaríamos o resto do domingo fazendo
contas e mais contas e projetando nossa deprimente situação dentro da tabela.
Por pior que fosse
o nosso momento, algo me convencia de que era totalmente possível vencer o
Grêmio. Não sei se era otimismo demais da minha parte, se era eu que novamente
tentava me enganar ou se foram aqueles jogos dos gaúchos que eu havia visto e
chegado a conclusão de que eles não eram lá grande coisa- pouco importava a
verdadeira causa, o fato é que eu me sentia bem e conseguia vislumbrar uma
vitória do tricolor paulista e todos nós saindo felizes do Morumbi.
Apoiado por
quarenta e duas mil vozes, entramos em campo focado na vitória, partimos para o
ataque e com poucos minutos de bola rolando já tínhamos criado chances
concretas de gol. Conforme o tempo ia passando o jogo se desenhava com o São
Paulo atacando e o Grêmio se defendendo, a bola insistia em não balançar as
redes da meta adversária, mas durante todo o primeiro tempo a impressão que
ficou era a de que a qualquer momento tiraríamos o zero do placar.
Dominávamos o
jogo, porém no decorrer da segunda etapa aos poucos nossa intensidade foi
diminuindo, chegando ao ponto de não conseguirmos mais agredir o Grêmio. A
objetividade e a voracidade são paulina deram lugar a um irritante toque de
bola vagaroso e displicente, que acabou nos custando a vitória. Quando no único
e solitário ataque que o Grêmio deu durante toda a partida eles garantiram sua
vitória, eu pude perceber que determinadas convicções não servem para porra
nenhuma.
Sei que o filho da
puta do Heber Roberto Lopes apitou a partida de maneira tendenciosa,
interferindo no andamento da mesma ao não marcar um pênalti claro a nosso favor
e ao não expulsar o bastardo gremista. Entretanto, os principais responsáveis
pelo golpe mais duro de ser assimilado e que foi realmente decisivo em outra
derrota do São Paulo em casa foi protagonizado pelos jogadores que vestiam
vermelho, branco e preto. Sim, aqueles mesmos que insistiam em dar toques inúteis de
efeito na bola e finalizavam as jogadas grosseiramente.
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