segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Despertando

Derrotar o Bahia na Fonte Nova não seria uma tarefa nada fácil. Historicamente costumamos nos dar muito mal jogando em Salvador, raramente voltamos de lá com um resultado positivo. Fazia quarenta e dois anos que não ganhávamos do Bahia na capital baiana em partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro, não é à toa que o tricolor baiano é um dos pouquíssimos times que levam vantagem no confronto direto contra nós.
Não bastasse o fato de termos que jogar contra a história, ontem tivemos também que superar uma arbitragem tendenciosa ao extremo, disposta a prejudicar o São Paulo de qualquer maneira. A anulação de um gol legítimo com poucos minutos de jogo, sob a alegação de que o jogador são paulino havia cometido uma falta no goleiro ao disputar a bola com ele, deixou claro que o filho da puta do Sandro Meira Ricci não estava para brincadeira.
Detesto reclamar da arbitragem. Primeiro, porque eu vejo que os erros costumam acontecer para os dois lados praticamente na mesma proporção e segundo, porque eu não quero parecer aqueles torcedores neuróticos que ficam falando de conspiração e perseguição. Acontece que ontem o roubo foi descarado, um gol mal anulado e duas expulsões injustas por muito pouco não colocou tudo a perder. Doze contra nove, tivemos que vencer o Bahia e uma arbitragem safada.
Conseguimos compensar a inferioridade numérica e todos os desmandos do desgraçado que assoprava o apito, graças ao total comprometimento dos jogadores que ficaram em campo do começo até o final da partida e daqueles que entraram no decorrer da mesma. Seguramos a enorme pressão imposta pelo Bahia (que não parou de rondar nossa área ao longo do segundo tempo) na base da alma e do coração, garantindo assim uma vitória grandiosa pelo placar mínimo.
Décimo colocado com quarenta pontos, sete pontos de vantagem em relação ao primeiro time que hoje encontra-se na zona de rebaixamento, oito rodadas para o fim do campeonato. Pela primeira vez desde que começamos a ocupar ou a flertar perigosamente de perto com as profundezas da tabela, eu sinto que a permanência na primeira divisão é verdadeiramente possível. Estamos finalmente despertando de um pesadelo que parecia não ter fim.

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