Futebol é um negócio no mínimo curioso, embora ao longo de toda a temporada o futebol praticado pelo São Paulo não tenha me dado motivos para criar qualquer tipo de empolgação, uma vez que nosso time apresenta uma inconsistência e uma fragilidade absurda, estava muito animado e cheio de esperança para o jogo contra o Vasco. Não sei exatamente quais as causas para tamanho êxtase, talvez fosse pelo fato do jogo finalmente ser realizado em um horário decente, domingo às 16:00 horas; ou por ser frente ao Vasco, um time que eu odeio e contra o qual temos uma desvantagem histórica; ou simplesmente graças a este amor doentio que tenho por este esporte e pelo nosso time; quiçá devido até algum outro fator, cuja resposta encontra-se nas profundezes do meu subconsciente- não ao sei ao certo, mas alguma coisa me motivava mais do que o habitual a estar presente ontem a tarde no Morumbi.
A expectativa era grande, e até os vinte minutos iniciais da partida o São Paulo parecia que dentro de campo conseguiria corresponder aos anseios de sua torcida, pois através de muita pressão dominávamos a partida e encurralávamos os cariocas. O gol parecia que seria apenas uma questão de tempo, visto que oportunidades eram criadas e não sofríamos nenhum tipo de ameaça, entretanto os minutos foram passando e o gol não se materializava. Concomitante o Vasco ia se ajeitando e equilibrando a partida, contudo minha confiança continuava inabalada e nada me levava a crer que o São Paulo não alcançaria a vitória e protagonizaria outro papelão dentro de casa, mesmo com o primeiro tempo chegando ao fim, com um pênalti a nosso favor não marcado e com o placar ainda em igualdade.
Sei que esperar um resultado positivo do tricolor é sem dúvida alguma uma postura incoerente e contraditória da minha parte, sobretudo depois das dezenas de postagens negativas e pessimistas que passei escrevendo ao longo deste ano a respeito da nossa triste e preocupante condição. A questão é que o futebol e somente ele, tem o enorme poder de fazer a gente abandonar ou ignorar por completo (mesmo que por um intervalo de tempo de noventa minutos) todas as nossas convicções, para no mesmo instante começarmos a nos apegar e acreditar em determinadas certezas que racionalmente não possuem fundamento algum, constituindo-se em verdadeiras falácias, que não conseguem se sustentar frente a um questionamento minimamente crítico e contestador.
Ainda sob os efeitos deste espírito alienante que tomava conta de mim e me impedia de ver a realidade conforme ela se apresentava (desoladora, como quase sempre), adentramos ao segundo tempo na expectativa de que o nosso gol ocorresse o quanto antes, expectativa esta que aumentou ainda mais quando o placar eletrônico do Morumbi anunciou o gol de empate do Avaí contra o líder do campeonato. Pronto, bastava o São Paulo tirar o zero do placar para o clímax ser atingido. Acho que não demorou mais do que cinco minutos, para após a grande notícia vinda de Florianópolis o Vasco abrir o placar e enterrar de vez qualquer chance do São Paulo sair vencedor daquela partida, e diminuir a diferença para o Corinthians que também já começava a sucumbir frente aos avaianos.
Bastou o Vasco fazer o seu gol para que tudo ruísse de vez e eu finalmente começasse perceber a mais nova patética demonstração de incapacidade do elenco são paulino. Uma a uma, todas as minhas frágeis ilusões foram sendo destruídas. Quando o Avaí fez seu segundo gol toda a minha empolgação já tinha dado lugar à indignação e à frustração, já não me restava nada além da revolta de novamente ver que minuto após minuto o São Paulo ia definhando e se apequenando dentro de campo, enquanto que o Vasco mostrava-se absoluto. Foi o auge do anticlímax, que chegou a sua totalidade no instante em que o Avaí marcou seu terceiro gol e o Vasco o seu segundo, decretando mais um fracasso tricolor dentro dos nossos domínios, e jogando no lixo a oportunidade de empatar em número de pontos com o líder da competição.
Um time inconstante, cheio de problemas, com um técnico sem respaldo da diretoria e sem confiança da torcida. Neste cenário, fica fácil a gente se iludir com nosso time.
ResponderExcluirPrincipalmente nessa toada de ganhar fora e perder em casa. Tá fácil, não.
Toniano, meu saco tá estorando de tanto pouco caso com o clube e com o time.
ResponderExcluirLina
Rafael e Lina,
ResponderExcluirO Juvenal Juvêncio é um filho da puta! é só isso que posso dizer nesse momento.
Grande Abraço!
Michel,
ResponderExcluirRealmente, so quem estava no estadio pode falar sobre esse sentimento nojento que os jogadores que lamentavelmente vestem a camisa do Sao Paulo causaram sobre os torcedores...a unica frase que tenho forcas para falar e` "dagoberto filho da puta"
Mateus
Mateus,
ResponderExcluirO nosso camisa 25 é um ser malevolente em estado bruto. Eu não renovaria o contrato dele nem fodendo, e não aceito o argumento daqueles que dizem que não renovando com ele, o São Paulo estaria perdendo dinheiro, já que ele poderia ir embora para outro clube de graça. Se isto acontecer, o São Paulo fará um grande negócio, pois deixaria de gastar uma grana violenta em salários com um cara que se acomodaria ainda mais dentro de campo.
Abraço!
Caro escriba,
ResponderExcluirDagoberto é um cuzão,que arranjou confusão em todos os clubes pelos quais passou,alem de ser um jogador mauricinho e mimado.Nem sempre dinheiro é tudo. Seria melhor perder dinheiro do que manter um filho da p... desses no elenco. E olha Toniato...vc,o Mateus...todos sabem que não é só ele que tem que sair não. Há muito tempo o time não tem mostrado brio e garra. Me faz lembrar os tempos de Fabio Aurélio...
Abs...Wesley